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EDUCAR PARA A PAZ

O tema “Educar para a paz” é complexo e difícil, mas, em Educação, especialmente no âmbito escolar, a grande questão que volta à tona nos tempos atuais é a velha pergunta: Educar, para quê? O problema da finalidade volta a ser pertinente.

A escola de qualidade oferece um currículo diversificado, aparelha-se de sofisticada tecnologia e preocupa-se com uma gestão eficiente. Mas como fazer valer uma educação concebida em sua dimensão primeira e original como o é sua dimensão formativa?

Uma Educação a serviço da consciência, dos valores fundamentais, que incide no campo das atitudes? Aquela que acredita nas potencialidades dos alunos sem dar-lhes tudo pronto, mas preparando-os para dar respostas autênticas, criativas, pessoais?


EDUCAR PARA A PAZ

Proponho uma reflexão sobre a educação no seu aspecto formativo. Isto é, aquela que apela para as instâncias mais profundas do educando, possibilitando seu desenvolvimento moral e preparando-o para futuras atitudes éticas.

A educação assim concebida parte das disposições humanas para desenvolver uma consciência que gera, por sua vez, atitudes e hábitos; neste caso, atitudes e hábitos de paz. Trata-se de uma reflexão num enfoque estritamente pedagógico.

A educação é uma ciência que tem por objeto o homem, único ser capaz de transformar-se, capaz de refletir, capaz de tomar atitudes frente aos próprios condicionamentos e responder diante das perguntas que a vida vai colocando. Mas cada um de nós precisa ser ajudado, através de um processo educativo, ou auto-educativo, a manifestar-se progressivamente através de nossa coerência de vida, coerência entre valores falados e vividos. E é objeto da educação acompanhar o ser humano até a sua máxima plenitude de ser pessoa.

Para Víctor García Hoz, fundador da “Educação Personalizada”, na Espanha, educar para a paz implica em educar para a convivência (Hoz, V. G., Pedagogia visible y Educacion invisible, 1987). Segundo este autor, todo o processo educativo se dá em dois âmbitos: o âmbito do trabalho, da atividade, que já é abertura e relação com o mundo que nos circunda; e o âmbito da convivência, que parte da necessidade humana de abrir-se e pôr-se em relação aos outros.

E sabemos que conviver não é simplesmente coexistir, viver um ao lado do outro; conviver é participação mútua da vida um do outro, e nisto está o cumprimento da nossa própria existência. A convivência harmoniosa depende, assim, de uma atitude de abertura para o outro. Por isso ocupa um lugar muito importante no processo educativo a “percepção de pessoas”.

Parece simples, mas normalmente percebemos os outros através de suas palavras, de seus trabalhos, suas emoções, mas nem sempre vamos além das aparências. Isto é, aquela condição pessoal, propriamente humana (“o essencial é invisível aos olhos”) fica como que escondida a nós. No entanto, perceber o outro é vê-lo em sua dignidade, é descobrir valores nesta pessoa, ou melhor, descobri-la como um bem.

Quando percebemos que o outro é o maior bem que podemos encontrar e que nossa vida está em conexão com os demais homens e mulheres, passamos a ter uma consciência social e sentimos a responsabilidade de colaborar ativamente na comunidade. Assumimos, então, atitudes como: adesão às pessoas, integração à comunidade, aceitação de normas, participação ativa e fecunda na vida social.

Tais atitudes positivas geram os hábitos sociais. Qualquer entidade educativa – a família, o grupo de amigos, o corpo profissional – se constitui num âmbito de vida em que acontecem os hábitos sociais. Mas a escola é um lugar privilegiado em que sistematicamente estes podem e devem ser exercitados.

Nesta educação para a convivência, muitos hábitos sociais concorrem na construção da harmonia social, que se realiza na aceitação do outro como um bem para mim: a capacidade de renúncia, por exemplo, que nos faz prescindir de alguma coisa para eleger outra melhor; ou a sobriedade em relação aos bens materiais, cuja posse sem medida é um fator de conflitos. Tais hábitos sociais podem ser sintetizados na justiça, mas ao mesmo tempo transbordam seu sentido estrito. Se pensarmos que ser justo é “dar a cada um o que é seu”, a atitude de generosidade é capaz de ir além: o homem generoso dá sem medida, porque a generosidade nasce do amor.

Faz-se necessário, ainda, aprender a descobrir, a saborear e a produzir os bens espirituais, o que não significa apenas os de ordem religiosa, mas também – e principalmente, neste caso – os bens culturais. Quando no âmbito escolar a cultura está a serviço do bem e do belo, a serviço da verdade, a serviço da vida, esta forja a personalidade pacífica capaz de valorizar e promover a paz no ambiente em que se insere.

Educar para a paz envolve, portanto, um trabalho sistemático de formação de hábitos sociais ou de convivência. Somente à luz desse compromisso a educação pode de fato contribuir para a formação de homens capazes de empenhar-se, cada qual segundo sua vocação e suas possibilidades, numa convivência digna de seres humanos.


Eloísa Marques Miguez
Pedagoga – Diretora do Centro de Educação Nossa Senhora das Graças

 

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